Debuxar jamais pôde ou nunca ousara;
Formosa, qual jamais desabrochara
Em primavera a rosa purpurina;
Formosa, qual se a própria mão divina
Lhe alinhara o contorno e a forma rara;
Formosa qual no céu jamais brilhara
Astro gentil, estrela peregrina;
Formosa, qual se a natureza, e a arte,
Dando as mãos em seus dons e em seus lavores
Jamais pôde imitar no todo ou parte;
Mulher celeste, oh! Anjo de primores!
Quem pode ver-te sem querer amar-te?
Quem pode amar-te sem morrer de amores?
MACIEL MONTEIRO