Muitos concordam com a fórmula:- “Sou amado, logo, existo”! Sentem-se valorizados quando são amados por outra pessoa. Quem já experimentou esse amor é capaz de ficar em paz. Para quem, todavia, nisto foi frustrado, o amor pode virar um vício. Há preocupação contínua se os outros o amam, se é correspondido em seu amor ou se este se perde no vazio.
Muitas vezes também outros desejos se inserem furtivamente no desejo do coração por amor. Assim ocorre, por exemplo, com o desejo de ser cuidado, de não ficar sozinho, de constituir uma família, de encontrar um sentido de vida.
Sem amor nos sentimos sozinhos, nos angustiamos em relação ao futuro, tememos envelhecer, ... Aqui não está em jogo somente o amor, mas também a questão da auto-estima. Em última análise, em cada forma de amor está presente a pergunta se merecemos ser amados por outro alguém.
No amor se abriga o desejo de ser único para uma outra pessoa, ou seja, que ela nos ame com exclusividade. A experiência da própria dignidade está relacionada à experiência de um amor que nos compreenda em nossa singularidade, na qual possamos ser totalmente nós mesmos e na qual descobrimos o quanto há de potencialidades e possibilidades em nós.
Todas as canções populares que celebram o amor tratam, pois, do desejo por uma relação bem sucedida, por um amor que dure para sempre, que preencha todos os anseios, no qual se possa descansar, que nos presenteie com a felicidade eterna. Mesmo que tais canções exagerem na exaltação desse amor, ainda assim conseguem nos mostrar o que move os seres humanos no mais íntimo do seu ser à o anseio pelo amor !!!
Alvehy Banks