O homem pode ser muito bem sucedido na vida pessoal e profissional, pode ser muito desprendido no que diz respeito a prover o melhor para a família, pode ser um amante admirável, pode ter o respeito e a consideração de muita gente, ... mas, se não for capaz de demonstrar verdadeiro afeto por sua esposa, vai acabar perdendo-a.
Ser um bom amante não é difícil, especialmente para o homem que precisa de poucos estímulos visuais e de toque para desempenhar bem o seu papel nesse assunto.
O aspecto do diálogo é mais difícil, mas algumas mulheres conseguem conviver com essa limitação masculina, hora esbravejando, hora levando na brincadeira. E realmente o homem tem muita dificuldade nesse aspecto pois acha que com uma única palavra ou um aceno de cabeça terá feito um longo e elucidativo discurso em resposta às “mesmas e insistentes” perguntas da esposa.
Com relação à ternura as coisas se complicam pois para isso o homem terá de deixar de lado o medo de se expor, de abrir o coração tão bem guardado, baixar a guarda e se tornar vulnerável, vai ter de agir de modo a parecer que não será entendido nem valorizado pela esposa. Isso é muito difícil e doloroso para quem foi criado para ser forte, destemido e durão – aquele que não chora e não brinca com meninas.
O mais comum é o homem andar na contra-mão dos interesses da esposa:- ela quer proximidade e ele quer espaço. O homem costuma querer proximidade quando quer sexo. Já a esposa se realiza com a proximidade e a atenção pessoal do seu marido. Isso a deixa muito feliz. E ele não entende bem porque tem que ser assim.
Ora, o casamento tem a finalidade de nos unir e completar. Nesse sentido, cada um dos cônjuges precisa entender que há necessidades opostas mas não antagônicas. Talvez falte boa vontade e desprendimento dos dois lados.
É necessário analisar a situação do casamento, dia-a-dia e, se necessário, recorrer a uma ajuda específica de conselheiros matrimoniais.
Essa mania de “deixar o tempo cuidar” dos nossos problemas tem levado muito cônjuge a confessar, com muita tristeza:- “Eu não me dei conta de que estava perdendo você”!!!
É muito comum, nessa situação, a mulher ser envolvida por alguém “mais esperto” que detecta a sua carência afetiva e lhe promete o céu quando, na verdade, só tem o inferno para lhe oferecer. Aventuras extra-conjugais não são a solução de problema algum. Podem sim significar momentos agradáveis de realização emocional e afetiva, mas isso é assim pelo simples fato desses encontros serem eventuais e não exigirem uma vida comum a dois. Basta dois amantes se unirem para os problemas (os mesmos de antes) começarem e serem até mais frustrantes.
Ela só se uniu ao seu marido, por “estar cega” aos defeitos dele (e vice-versa), e essa visão real de quem é quem, só é dada mediante a convivência íntima e contínua.
Sua fantasia de felicidade pode ser o ator (ou a atriz) da TV ou do cinema, mas não se iluda porque essa pessoa não é diferente de você e do seu cônjuge. Basta se casar com ela.
O que falta é a nutrição do amor que provocou a união dos dois. Isso começa com a atenção à outra parte que fala de diversas maneiras e precisa ser entendida e atendida para que tudo corra bem no casamento.
Tenha coragem. Mude o que pode e precisa ser mudado. Isso não é sinal de fraqueza, mas de força e afeto. Não fique esperando para ver. Cuidado com sugestões de pessoas fora desse relacionamento. Quem tem de decidir são vocês. A luta é dos dois e a vitória deve ser também dos dois.
Abra-se, fale dos seus sentimentos e não tenha medo de se expor a quem você ama. Essa sua mudança pode ser o elemento restaurador do amor no coração da outra parte e vocês poderão ser muito felizes como talvez nunca tenham sido.
ALVEHY BANKS