Ora, o pranto, mulher, não ressuscita
Nenhuma coisa morta.
Se, porém, esse pranto, de hora em hora,
Te torna as dores menos doloridas,
Fecha primeiro a porta, depois chora,
Encerrada em teu quarto, às escondidas.
Dos comentos hostis, põe-te ao abrigo,
E, à rua sai, risonha
Para que o mundo, vendo-te, suponha
Que nenhum mal secreto anda contigo
Júlio César da Silva.