Ninguém melhor nem mais autorizado do que Jesus para nos alertar para o fato de que nunca devemos nos dar o direito de emitir juízo precipitado, imprudente, arriscado, atrevido, ... que costuma identificar as pessoas que não refletem a respeito do que fazem, ao julgar com grande prazer e rigor.
De que elementos dispomos para isso? Geralmente o juízo se dá a partir de inferências e distorções dos fatos incompletos que conhecemos através de maledicências, desfigurações malignas, narrações incompletas, ...
E mesmo que conheçamos os fatos todos, quem pode afirmar que conhece as razões daquilo tudo? E se o que eu considerar um grande erro passível do meu duro juízo, tiver acontecido a partir de um sentimento nobre ou um impulso generoso do coração de alguém bem intencionado, que acabou por se confundir e agir daquela maneira?
Não julguemos. Nos falta o essencial para isso: à possuir a verdadeira justiça para esse fim. Afinal, não somos justos, mas pobres pecadores resgatados por Jesus que recebeu sobre Si todo o peso e rigor do juízo que deveria cair sobre cada um de nós.
Para poder atirar pedra a mão precisa ser totalmente pura. A única que podia fazer isso, não o fez, mas escreveu na poeira do chão o que não sabemos, mas que livrou a adúltera do apedrejamento.
Essa palavra de Jesus deve ser tomada por nós como um mandamento – mas todos o temos transgredido. Nem Jesus nos julga. Aliás, Ele é o nosso ‘parákleto’ ou advogado junto ao Pai, é O Justo que não só nos faz inocentes, como nos introduz absolutamente livres na presença do Pai. Só Deus o Pai é Juiz!!!
Não julgue, pois lhe falta amor para agir retamente quanto a isso. Nós já somos muito rudes no julgamento de nós mesmo. É porisso que vivemos nos agredindo e nos fazendo o mal de todas as maneiras – queremos nos punir e então, comemos de mais ou de menos, alguns fumam ou bebem ou usam drogas, ... Ora, se fazemos isso conosco, o que seremos capazes de fazer com o próximo? Não se esqueça que o papel de procurar “agravantes” é do nosso inimigo, Satanás, e não nosso. Ele já faz isso muito bem – não precisa da nossa ajuda. Mas não se esqueça de que, se Satanás tem grande poder, o poder de Deus é ilimitado e movido pelo amor, que é a Sua essência.
Para resistir à tentação de julgar, tenha o seu coração sempre ocupado com as coisas e características que compõem o amor. Mesmo assim haverá deslizes, mas serão em menor quantidade. Com isso, experimente mais alegria e menos desconfortos.
Deus abençoe você, e tenha um bom dia.
Alvehy Banks.