Que afirmação estranha para uma época de investimentos e busca desenfreada de vida de sucesso financeiro!
A Glynis morreu. Isso pode ser considerado lucro pelos os seus familiares? Com certeza, não.
Mas é preciso que se entenda que essa palavra do apóstolo Paulo não é para os familiares de quem morre, mas para a própria pessoa que se foi.
Para a Glynis a realidade agora é a da posse de tudo quanto possa garantir a mais completa felicidade depois de ter sofrido tudo que qualquer ser vivente pode vir a sofrer nesta vida. Isso é lucro!
A Glynis agora sabe o que é o verdadeiro repouso pós-luta. Aliás, é bom que entendamos que não é a luta em si que nos abate o coração, mas as ansiedades, as desilusões, as aflições, os tormentos e as armadilhas que acompanham nossas lutas.
Como somos corrompidos pelo pecado, o que nos é dado a conhecer da luz, não se compara com os esplendores de sabedoria que, com a morte, iluminarão nosso espírito totalmente livre de cadeias. Agora a Glynis pode ver sob o esplendor dessa luz, e “ver cousas que os seus olhos(em vida) não viram. Ela já não é mais perturbada pelo desejo de conhecimentos ainda mais puros, de revelações ainda mais excelsas – porque ali onde ela está, o desejo não mais existe e a alegria da luz suprema é perfeita.
A Glynis já recebeu a verdadeira consolação após as lágrimas pois o Supremo Deus já lhe “enxugou dos olhos toda lágrima” e ela já não está mais entre os que ainda serão resgatados da “grande tribulação” – ela já está com o Senhor.
Sim, o morrer é lucro porque após a morte, não existirá mais a morte.
Quanta coisa a Glynis sofreu por causa do pecado da raça, dos seus pecados pessoais e por causa do pecado alheio. É por causa do pecado que a nossa vida é rebaixada e se extingue – mas na santidade plena, a vida, agora eterna, se eleva e alcança a plenitude das suas energias.
Se a Glynis conseguia ser feliz quando fazia, parcialmente, o bem, quanto mais não o será agora, purificada e exaltada à perfeição celeste?
Não, a morte não é uma derrota ou uma perda para o convertido a Cristo. Para ele, e só para ele, a morte é lucro.
Alvehy Banks