Guarda a mesma feição o lugarejo;
Olha lá baixo a várzea e o sertanejo
Arrastando uma rês atada ao laço.
Sofremos por aqui nosso desejo,
Gozando-lhe o tormento a cada passo;
Deste-me aqui o teu primeiro abraço,
E, mais tarde, a chorar, o último beijo.
A viela, a fonte, o céu ... tudo o que existe
Como antes, tudo o que, com tal cuidado,
Canto por canto examinaste e viste,
Se achas que está de mágoa saturado
E o cuidas triste, é porque tudo é triste
Pelo prisma das lágrimas olhado.
JÚLIO CÉSAR DA SILVA